Vou contar rapidinho a história desse gaufre.
Em 2014 , viajamos para Espanha e fomos pra San Sebastian, conhecida por sua alta gastronomia e por seus inúmeros bares que servem os famosos pintxos (ou tapas). Fomos com alta expectativa e acabei me decepcionando um pouco com a comida. Mas, foi num passeio despretensioso num final de tarde, que provei O doce da viagem. Vimos na esquina de uma rua qualquer do centro da cidade, uma sorveteria, que também vendia waffle (até então, aquilo era waffle pra mim), chamada Txomin. Deu vontade de comer e paramos. Markus pediu um pra dividir comigo, afinal, nem estávamos com tanta fome. Mas aquilo estava bom, nossa!!! Como estava delicioso! Pedimos mais um... e só não pedimos outro pq até a gula tem limite. Crocante por fora, macio por dentro, quentinho... nada a ver com o waffle que conhecia.
O lugar:
O lugar:
Fonte: TripAdvisor
Fonte: TripAdvisor
E olha que não fui só eu que adorou esse doce. Dá uma olhadinha nesse post aqui, em que a autora concorda comigo!
Depois que voltei pra casa, fuça daqui e dali, comecei a tentar adivinhar como era feito aquilo. Sabia que não era o waffle comum. Tinha algumas impressões: a massa era fermentada e devia ter muita gordura. Aí já não me lembro bem se foi o dono da lojinha que nos disse ou se li nas pesquisas, mas descobri que o açúcar usado na receita era o açúcar perlado ou, açúcar em pérola. Mas vai achar esse tal açúcar aqui!? Impossível! Não achei em lugar nenhum.
Depois que voltei pra casa, fuça daqui e dali, comecei a tentar adivinhar como era feito aquilo. Sabia que não era o waffle comum. Tinha algumas impressões: a massa era fermentada e devia ter muita gordura. Aí já não me lembro bem se foi o dono da lojinha que nos disse ou se li nas pesquisas, mas descobri que o açúcar usado na receita era o açúcar perlado ou, açúcar em pérola. Mas vai achar esse tal açúcar aqui!? Impossível! Não achei em lugar nenhum.
Aí, mais pro fim do ano, fomos pra Nova York, e o que não se acha aqui se acha lá, certo? Não deu outra. Numa loja de coisas pra casa (decoração, panelas e utensílios - adoro!!!) achamos o bendito açúcar. Comprei três pacotes e me empolguei com a ideia de comer de novo aquela delícia.
Procurei algumas receitas que pareciam ser semelhantes e testei. Mas, não ficou o bicho de bom. Acabei nem postando a receita na época.
Esses dias, vendo as fotos dos perfis que sigo no instagram, vejo uma de "Gaufre de Liège". Hum... será que era esse o nome que deveria ter procurado pra achar a receita certa? Aí que fui saber das diferenças das massas, e que o "de Liège" era aquele que havia comido: massa fermentada, açúcar perlado, manteiga! Peguei essa receita aqui e fiz. Resultado? Delícia!!! Não ficou igual, mas, dessa vez, fiquei tão satisfeita que até fiz post :)
Gaufre de Liège (adaptei algumas pequenas coisas)
Ingredientes
- 500g de farinha de trigo
- 2 ovos
- 50g de açúcar
- 10g de fermento (1 sache)
- 200g de manteiga derretida
- 200 ml de leite
- 200 ml de água
- 1 pitada de sal
- 200g de pérolas de açúcar
Como fazer
- Misture o leite com a água e aqueça rapidamente (cerca de 30 segundos no microondas). Adicione o açúcar e o fermento e aguarde 10 minutos.
- Em seguida, adicione os ovos levemente batidos.
- Vá adicionando a farinha de trigo aos poucos, até incorporar tudo.
- Por último, adicione a manteiga derretida. O resultado é uma massa lisa, mas ainda bem mole.
- Deixe descansar por 30 minutos. Após esse tempo adicione as pérolas de açúcar e misture, sem bater muito a massa.
- Para assar, você vai precisar de uma máquina tipo essa aqui: máquina de waffle ou gaufres.
- Deixe esquentar e coloque cerca de 1 colher de servir de massa na chapa da máquina. Feche e deixe assar por 4min e 30 seg, aproximadamente.
- Eu achei que esse foi o tempo ideal para pré assar o gaufre, e depois congelar, que foi o que fiz com a maioria deles. Pra comer na hora, acho que fica melhor mais tostadinho (uns 6/7 min, acredito) - aí vai do gosto de cada um.
- Como a massa é bem doce e bem gordurosa, a cobertura é dispensável. Mas eu sugiro que você prove com tudo o que tem direito, como eu fiz: nutella, mel, geleia, e só então diga se prefere com ou sem complementos!
Obs: vi essa receita aqui, do "A Cozinha Coletiva", e me deu muita vontade de testar. Acho que essa será imbatível, e ainda mais próxima daquela que provei em San Sebastian.